quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

algo mais

Insignificantes, é isso que somos. Nós e tudo aquilo que achamos intocável e indestrutível. Pequenos, frágeis, mortais. Senhores do mundo cujas vidas estão interligadas umas às outras através de uma rede de interesses sem fim. Nós e os nossos “grandes” problemas cujas soluções pensamos serem impossíveis de encontrar. Nós e os nossos egoísmos, crenças e hábitos que nos tornam ainda mais minúsculos.


Toda a nossa vida é feita de fragmentos que estão colados uns aos outros por algo invisível, pelo menos é assim que imagino. Quando um dos fragmentos se descola achamos que os restantes vêm junto com ele, o que nos leva a viver em constante equilíbrio forçado para que tudo corra conforme o planeado. É como suster a respiração durante o máximo tempo possível para não deixar a água inundar os nossos pulmões. Controlamos tudo e todos (pelo menos acreditamos que sim) mas não sabemos o que fazer quanto a nós próprios. Quanto aos nossos desejos e medos e as partes mais obscuras do nosso ser. O desconhecido sempre foi algo assustador, de verdade. Enquanto que ser “pequeno” nunca incomodou ninguém. Viver pelas regras e seguir o caminho traçado por outro também não.  


 E se não quiser viver conforme o planeado? O que estará para lá da monotonia diária? Há tanto por descobrir, por explorar, por onde crescer (sim, crescer). É a isto a que me refiro quando falo em ser pequeno, não de tamanho, mas sim de espirito. Ao longo de dezassete anos conheci gente incrível, gente que deseja mais do que tem e que faz por isso. Quero ser assim também. Não acredito em Deus e por essa mesma razão não penso que o facto de respirar seja uma dádiva divina. Mas acredito que vim a este Mundo com o propósito de fazer algo, de mudar algo. Critico-me a mim, antes de qualquer outra pessoa. Vivo influenciada pelos meus chamados “problemas de adolescente” e fecho os olhos aquilo que está a minha volta. Sinceramente espero que daqui a uns anos olhe para trás e diga que estes foram os anos mais estúpidos da minha vida. Ou não, quem sabe? Mas que está na hora de deixar de ser “pequena”, lá isso está. 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

bye

Faltam-me as palavras para explicar o que sinto. Gostava de estar em Vila do Conde de novo. Perto do mar e de todos aqueles que, de certa forma, deixei para trás. Ficar sentada na areia e sentir tudo à minha volta, como se o tempo tivesse parado por um mero instante. Preciso de voltar aquele sitio tranquilo onde antes conseguia fazer com que todos os maus pensamentos se afastassem com o vento. Sentir aquela paz interior que só o mar me faz sentir. Preciso de me libertar desta tristeza que por muito que tente, não consigo mandar embora. É... isso. Agora e de uma vez por todas.
 Adeus.


"I'm not sure if I am depressed. I mean, I'm not sad. But I'm not exactly happy either. I can laugh and joke and smile during the day, but sometimes at night I forget how to feel"